(Faço essa postagem já em Pouso Redondo, SC, na casa dos meus pais. Percorremos ontem todo o RS, de Chuí (extremo sul) passando pela região central e serras. Voltamos a realidade brasileira! Comentamos um pouco sobre essa passagem na postagem seguinte!)
Distância percorrida: a maior de toda a viagem. 1400 km em pouco mais de 14 horas.
Km/l: 17.5
Dormimos em Mendoza, cidade grande e movimentada. Muito
bonita, arborizada com plátanos, e limpa. Ostenta um padrão de nível de vida
elevado, ao menos na grande área central, como é comum em grandes cidades no
mundo todo.
Diferentemente de nossa rápida passagem por Salta, tivemos
sensação de mais segurança no trânsito, sinalização bem melhor e se trafega sem
problemas. Entramos em horário de pico,
mas ocorreu tudo bem.
Acordamos às 4 horas e às 5:15 já estávamos no trecho.
Nesse dia cruzamos a Argentina em sua parte Oeste para
Leste, pelo centro. Você anda nesse trecho observando imensa áreas de cultivo
de grãos. É o coração produtivo da Argentina.
Em relação a isso deve-se
considerar que no norte temos a grande região do Chaco e mais para o sul a grande
Patagônia. São essas duas distantes uma da outra, mas parecidas quanto a reduzida população
e atividades econômicas. É uma intenção minha de também conhecer a Patagônia e
chegar até a cidade mais austral do mundo, Ushuaia. Vamos ver se conseguimos fazer
isso daqui uns anos!
Nosso plano inicialmente
era chegar até a cidade de fronteira com o Uruguai, Gualeguaychu. Havia
inicialmente pensado em pernoitarmos ali, mas mudamos de ideia pois ainda estava
claro e não tivemos uma impressão muito boa do local. Atravessamos. Fizemos
burocracia de aduana. Estávamos no Uruguai. As estradas nos ajudaram
dando condições de manter uma boa velocidade, logicamente dentro do permitido e
nas condições de segurança.
A primeira cidade do Uruguai, entrando por essa passagem via
ponte, é Fray Bentos. De lá em 180 km pode-se estar em Colônia Del Sacramento.
Cidade que eu tinha intenções de conhecer. Já eram 8 horas da noite, tínhamos
um pouco de luz do sol. Resolvemos tocar até colônia, embora não seja
aconselhável andar de noite em áreas desconhecidas. Isso quase nos custou um
baita prejuízo e um grande arrependimento!
De entrada, o Uruguai nos deixou uma boa impressão, o que se
manteve até o deixarmos. Mais organizado, povoados pequenos com população mais
caprichosa. Áreas de campos mais povoadas, provavelmente em função de as
propriedades serem menores. Percebemos pouca população nas grandes áreas de
cultivo argentinas, quase não víamos casas às margens das estradas. Pode ser
que elas estivessem em outras áreas.
Em termos de estradas, o Uruguai se parece com o Brasil,
perde em relação às argentinas e chilenas, mas igualmente, são pouco
movimentadas, permitindo um deslocamento bom. Paga-se bastante pedágio nesses 3
países. Gasta-se menos na Argentina, tanto em pedágio, como em combustível e hotel.
Fomos observando propriedades bem cuidadas, estabelecidas em
um relevo ondulado, que permite a utilização praticamente total em atividades
produtivas, nos lembrou o norte riograndense.
Anoiteceu. O GPS marcava ainda 140 km para chegarmos até
Colônia. Já tínhamos rodado até a ocasião mais de 1200 km. Estávamos cansados.
Me mantive mais atento à estrada e forcei um pouco mais os olhos, que ardendo já
estavam dando sinal de cansaço. Reduzimos a velocidade.
Numa descida, como um raio, um cão atravessa a pista e por
pouco não o atropelamos. Era de tamanho médio e se o carro pegasse, certamente
ia causar um estrago e seria sorte se não ofendesse o radiador!
Atenção redobrada. Os olhos já ardiam.
Chegamos em Colônia depois de umas 14 horas na estrada.
Paramos apenas para fazer uma refeição e para abastecer. No mais era tomar
água, prestar atenção na estrada e nas paisagens.
Em Colônia só encontramos um quarto no 5 hotel procurado.
Muitos turistas. Já era meia noite quando estávamos prontos para o descanso.
Fizemos uma janta no quarto do hotel, banho e cama. Desmaiei. Despertei no dia
seguinte às 7 horas quando o celular despertou.
Preparando o almoço numa boa sombra às margens de uma rodovia na Argentina |
5 comentários:
Obrigado a todos que estão comentando! Está muito corrido, mas irei procurar responder algumas colocações em postagens novas! Valeu!
Ola, Evandro.
Bom, olhando o blog com essas belas fotos, paisagens e principalmente o contato com uma cultura diferente,e a viagem por si só, só me resta lamentar por não estar nessa, e que Deus continue a te abençoar até a volta.
Teremos outras oportunidades Celso! Infelizmente é assim, nem sempre todos podem, no mesmo tempo, por diferentes motivos!
Olá Evandro! Parabéns pela viagem
fanSCtástica, também estou planejando uma dessas, ainda estou na fase de planejamento, devo ir com meu primo e o cunhado dele que mora em Tubarão, gostaria que você me desse umas dicas sobre: documentações, vacinas, seguros,etc. moedas em cada pais que vc teve.
desde já agradeço
Henrique M Duarte
henriquemedeirosduarte@hotmail.com
Amigo, nessa rota não é obrigatória nenhuma vacina, eu por precaução tomei contra febre amarela. Vais precisar de identidade atualizada, carta verde, documento do carro em teu nome e de preferência sem financiamento, caso contrário é mais burocracia. As moedas são os pesos, argentino, chileno e uruguaio. Troque reais por pesos nas aduanas! Veja alguns itens que são obrigatórios ter no carro e no mais é só aproveitar! Abraço.
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