Saímos de Antofagasta já passava um pouco das 8 horas,
depois de uma boa noite de sono. Nossa janta foi um sanduíche italiano, feito
em um restaurante em anexo. Nos chamou a atenção o fato de o sanduíche conter
uma fatia de abacate e carne com pão apenas, nada de salada. Foi acompanhado de
uma boa porção de batata frita, que com uma coca bem gelada ficou uma beleza!
Rumamos para Copiapó, mas não sem antes passar pelo ponto
clássico do deserto chileno e registrar presença frente a “Mão do Deserto”, uma
grande escultura que representa uma mão, no meio desse “nada”. Pena que muitos
turistas depredam esses locais e a mão estava toda pichada.
Tocamos pelas ótimas estradas em boa velocidade, passando
por várias paisagens desérticas, o que pudemos perceber serem bem diferentes
dependendo da região. O deserto não é o mesmo em todo o lugar. É válido
considerar que notamos sinal de chuva, portanto não é bem assim dizer que no
deserto não chove a tantos e tantos anos, fato que eu mesmo acreditava. Tem o
menor índice de chuva registrada, isso acredito que seja possível afirmar com
certeza, e também que é o mais alto do mundo, a ponto de o vento deixar a
direção do carro perigosa, se este está com peso mais traseiro, como no siena.
É prudente não abusar para manter o controle do carro. Temos rajadas de vento
que ameaçam a direção nesses casos. A partir de 120 fica muito arriscado.
Vento forte no deserto, pode deixar a direção perigosa, atenção! |
Outra recomendação, sobre a qual eu já tinha lido e me
precavi bastante é em relação a água. Você virá percorrer o deserto do Atacama?
Então traga água, bastante água. Em garrafinhas, litros, ou como eu fiz, uma
bombona de 20 litros mais uma porção de garrafinhas. Se bebe muita água. É bom
ter petiscos, ou algo para matar a fome no carro. Se anda por muitos, muitos
quilômetros sem ter nenhuma opção para se alimentar, nem para dormir,
justamente por isso estamos rodando bastante e, posso afirmar, não está
diminuindo em nada o meu objetivo em termos de conhecimento dessa região em
particular!
Passamos por Copiapó cedo, era a cidade para pernoite, mas
como ainda estava bem quente resolvemos tocar para La Serena, uma grande cidade
no balneário argentino. Muito movimentada, muita gente, muitos carros, chegamos
às 9 da noite e penamos para conseguir local de pernoite. Imaginei ter que
inaugurar as cobertas e os travesseiros no carro! Procuramos mais e achamos uma
cabaña para 6 pessoas. Nos custou caro, 300 reais, 60 mil pesos chilenos! Mas
queríamos descansar bem para enfrentar outro trecho no dia seguinte.
Vale aqui considerar que o Chile está sendo um país
extremamente caro. Combustível caro, alimentação cara, alojamento caro. Se
virás para o Chile, prepare-se para gastar bastante dependendo do tempo que
queres e o que queres conhecer!
2º encontro com o Pacífico, deserto de um lado, mar do outro! É um azul incrível, diferente do Atlântico |
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