quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Atacama em 9 dias. Considerações, 10 dicas e custos



Para fazer uma viagem longa como essa, é preciso que os viajantes tenham bem claro seus objetivos, o que querem ver, fazer, comprar, onde querem ir. Obviamente isso se consegue fazendo antes um planejamento de viagem, que envolve bastante leitura e pesquisa. Vai te consumir um bom tempinho em livros e principalmente na web.

Há pessoas que viajam com diferentes propósitos. Uns, como eu, já curtem apenas a viagem em si, procurando aproveitar o máximo além disso, dentro do tempo e orçamento estipulado. Outros buscam conhecer os grandes centros, as capitais, os shoppings, desfrutar da culinária, comprar, e todos esses gostos precisam ser respeitados.  Justamente por haverem tantas diferenças entre as pessoas, numa viagem assim não é recomendado fazer com grandes grupos, o ideal são duas ou no máximo umas 4 pessoas, desde que elas sejam muito bem conhecidas, e tenham os mesmos objetivos, caso contrário é problema. E eles certamente irão começar a aparecer após os primeiros mil quilômetros. Uns querem andar mais, outros não, um quer ficar aqui, outro ali, um quer comer em restaurante o outro quer improvisar, um tem mais dinheiro no bolso, o outro tem pouco e por aí vai... Na dúvida, vá sozinho.
Eu e meu pai não tivemos problema algum, pois ele sabia o que eu pretendia na viagem, concordou e achou também que todas as nossas escolhas durante o percurso foram acertadas. De fato, não nos arrependemos de nada que optamos em fazer, nem daquele trecho de 1400 km que rodamos em um único dia! Tudo vira aprendizado.

Portanto, se você planeja uma viagem assim, não vá com muita gente, 3 ou 4 carros, é bucha. Muitas motos, igual. Van ou ônibus, nãos sei, depende o que inclui o pacote. Avião, é rápido, mas não te propicia nem 10% do que tu podes  ver de carro ou moto. Pra mim, cruzar a cordilheira de avião não teria graça nenhuma.
Meu planejamento inicial era de gastar no mínimo uns 12 dias em viagem. Fizemos em 9. A única coisa que não fizemos e que eu havia planejado inicialmente foi o passeio aos gêiseres Del Tatio, no deserto. Para isso teríamos que ficar pelo menos dois dias em São Pedro. Pude concluir que a melhor época para esses passeios são fora dessa grande temporada de férias, visto que o movimento no local é tremendo. Europeus e brasileiros em peso.

DICAS:
Pesquise o roteiro, tenha em mente, bem claro, o que queres na viagem.
Faça suas contas e veja o que podes gastar. Não usei meu cartão de crédito. Evite usar. Aqui o BB queria 6% de IOF para operações internacionais, achei um absurdo.
Dentro do que você quer e o que tem de dinheiro, planeje quantos dias. Encurte ou prolongue o roteiro conforme necessário. O meu roteiro original era 500 km mais longo.
Ache uma parceria que fecha contigo.
Revise seu carro. Revise criteriosamente. Há trechos em que um problema um pouco mais grave certamente vai mandar você pra casa mais cedo. Não tivemos nenhum problema com o carro, mas tive o cuidado de prepará-lo bem antes, incluindo pneus novos. Troque tudo o que está na hora ou próximo da hora de trocar. Faça isso e as chances de problemas serão mínimas.
Providencie a documentação e itens necessários. Nós tínhamos tudo, não fomos cobrados nenhuma vez. Não fomos parados nenhuma vez pela polícia caminera e carabinera.
Leve alimentos não perecíveis e água. Bastante água. Acondicione em caixa de isopor para não esquentar. Idem aos alimentos.
Tenha um bom GPS. Recomendo um GARMIN, pois é a marca mais usada mundialmente e permite atualizações gratuitas.  Aceita mapas da América do Sul, como o Proyeto Mapear. O meu GPS se mostrou muito confiável e sem ele o tempo de viagem seria muito maior. Nos entregava na porta do hotel colocado no endereço!
Ao passar por postos policiais, baixe os vidros do carro, os traseiros também se possível. Se um policial lhe parar, faça a mesma coisa, tire o boné e óculos, fique de cara limpa, não tente e não seja louco de ter algo a esconder.
10º Algumas palavras não custam nada serem usadas e podem te abrir muitas portas. Ao pedir informação: por favor e obrigado. Bom dia, boa tarde, senhor, senhora, são maneiras respeitosas de se iniciar qualquer contato, utilize e a pessoa responderá com a mesma cordialidade, geralmente! Não esqueça: grosseria gera grosseria. Não “se ache”, não lhe ajudará em nada, pelo contrário. De mala já bastam as que se leva no porta-malas!

QUANTO GASTAMOS
A viagem em si, nesses 9 dias nos custou 4.600 reais. Ao todo, para 2 pessoas. Tive mais alguns gastos em revisão do carro e compra de outros materiais e itens obrigatórios. Com tudo incluído chegamos em 6 mil reais.
Gastamos menos de 1500 reais em combustível, com uma média geral de 17.3 km/l. A média baixou um pouco no Brasil, pois a gasolina não é tão boa, tem muita mistura e as estradas não ajudam. Mas mesmo assim considero uma excelente média de consumo.
É prudente conter um pouco os gastos no Chile e no Uruguai. Na Argentina está tranquilo, mas não abuse e cuidado com o cartão de crédito!
Enfim, de uma forma ou de outra, se tens vontade, faça a viagem! Ela vale a pena!

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

9º dia: Chuí RS - Pouso Redondo SC



 Distância percorrida: 940 km em cerca de 17 horas!
Média de consumo: 17.5

Pernoitamos em Chuí no Fly hotel, bem próximo a BR e aos free shops, na avenida Brasil. Bom hotel, 190 reais. A avenida Brasil é a única separação entre Brasil e Uruguai nesse local, as pessoas podem circular livremente de um lado para outro. De manhã, após o café, fomos ver algo para comprar, mas tivemos que esperar mais de uma hora, pois abria somente às 9:30.
Entramos e logo percebemos que esses free shops são pura ilusão. De barato não tem nada. Quase tudo é da China, deve ser muito parecido com o comércio paraguaio nesse sentido. O preço é em dólar e como a cotação está um pouco alta, não é vantagem alguma sair com um monte de sacolas do local. Comprei um carrinho para o Heitor, umas garrafas de vinho chileno e caímos fora.
Saímos de Chuí por volta das 10 horas com intenção de chegarmos na casa dos meus pais em Pouso Redondo por volta das 10:30, 11 horas da noite. De fato isso seria possível, mas não contávamos com alguns imprevistos e já tínhamos esquecido que não se pode fazer muita previsão em estradas brasileiras!
O RS na sua parte sul já apresenta cultivo de arroz e criação de gado. Passamos pela reserva natural do Taim, que é uma área de planície alagada. Animais costumam invadir a pista, é preciso atenção e não abusar da velocidade. Vimos várias capivaras mortas, certamente atropeladas, às margens da rodovia. Um animal desses pode causar um grave acidente e baita prejuízo em carros ou motos. Todo cuidado é preciso, assim como na parte final da região do Chaco argentino. Atropelar um animal desse porte, pode significar o fim de uma viagem.
Cultivo de arroz em grande escala no extremo sul do Brasil

Planícies do Taim

Rumamos para Pelotas, em direção a Porto Alegre, capital gaúcha.
Depois de passarmos alguns dias na Argentina, Chile e Uruguai, podemos falar com um pouco mais de propriedade das estradas brasileiras, especialmente de SC e RS, no caso. Sobre isso gostaria de registrar aqui uma reportagem que vimos lá em São Borja, logo cedo, quando iríamos partir para a Argentina. Era um jornal local e a matéria de destaque era justamente o caso de uma estrada de 20 km, que liga não menos que a região que MAIS produz grãos no RS. Estrada de chão. Poeira ou lama. Os moradores indignados, dizem que esperam por mais de 20 anos o asfaltamento, enquanto tem prejuízos pois em época de chuva os caminhões não conseguem sair, nem entrar com produtos. É incrível a falta de compromisso dos políticos. Como não seria esse Brasil se tivéssemos mais honestidade!
Entre Pelotas e Porto Alegre, percorremos pela 116 uma área bastante desenvolvida e populosa. Muita produção agrícola e industrial. Somente agora começam as obras de duplicação. Os trabalhos estão em andamento. O movimento é intenso em pista simples. Pouco depois de Pelotas tivemos que parar e esperar duas horas e meia na pista. Havia ocorrido um acidente envolvendo  3 carretas no final da manhã e a pista só foi liberada depois das 4 da tarde! Quase 10 quilômetros de congestionamento de cada lado! Não vimos nada disso nos nossos vizinhos, nem acidentes, muito menos paradas em congestionamentos. Apenas tínhamos um trânsito mais lento ao passar por grandes cidades, o que é normal. Percorremos centenas de quilômetros e estradas duplicadas em pleno deserto do Atacama. Rodamos por centenas de quilômetros por excelentes rodovias duplicadas na Argentina, mesmo fora de grandes centros e longe do litoral!
É impressionante como o povo brasileiro é desrespeitado quanto a isso (também). Como o povo brasileiro é desconsiderado como contribuinte e como nós somos expostos a arriscar vidas em nossas estradas, e a perdê-las numa média de 200 mortes por dia no país todo! Esses já são dados de uma guerra, que somados a mais 200 mortes por dia, em média, de homicídios, temos uma realidade no mínimo assustadora!
Observando as áreas e o desenvolvimento das regiões no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai, em proporção aos seus territórios, podemos afirmar, com certeza, que o Brasil está no mínimo 10 anos atrasado em infraestrutura viária e ferroviária. Lembro que em pleno deserto chileno, às margens dessas ótimas estradas, geralmente ao lado acompanhava uma ferrovia! Ou seja, esse é o pensamento que visa o futuro, mas também o presente!
Chegamos à capital gaúcha já era final de tarde. Cidade muito grande. Muito movimento. Demoramos cerca de uma hora e meia para cruzar, vimos mais 2 acidentes nas vias urbanas. E lá se foi mais perda de tempo.
Quando saímos da capital já estava escuro, logo achamos um posto Ipiranga, abastecemos, fizemos um bom lanche e decidimos só dormir em Pouso Redondo. Sim, talvez não tenha sido a melhor escolha, mas resolvemos enfrentar o trecho. Depois de nove dias a vontade de estar em casa já era grande. Chovia.
No trecho entre Caxias do Sul encontramos muitas serras, curvas pra todo lado. Começamos a achar que iríamos ter que pernoitar em alguma cidade, pois não conhecíamos as estradas e de noite, com chuva, era necessário reduzir bastante a velocidade, íamos em 60, 70. Encostou um ônibus reunidas e nos passou. Pensei: agora é a hora de a viagem render de novo. Acelerei e procurei acompanhar o ônibus que fazia as curvas e subia a serra em velocidade espantosa! Tinha que colocar pressão no petróleo senão não acompanhava! Assim fomos até as proximidades de Vacaria, onde o trecho melhorou, parou um pouco a chuva e ficou bom de andar. Quer dizer, fora os buracos que às vezes apareciam e não dava de desviar! Comentei até com o pai que os carros brasileiros aguentam até demais pelas tantas pancadas que levam!
Chegamos em Pouso já era 3 da manhã! Só encostamos o carro, um banho rápido e cama. No outro dia arrumamos as coisas do pai, conversamos, fizemos as contas da viagem, tomamos um mate e segui para Agrolândia, para rever minha esposa e meu filho!
Na postagem seguinte irei fazer algumas considerações e apresentar os números da viagem!

domingo, 12 de janeiro de 2014

8º dia: Colonia Del Sacramento UR - Chuí RS (extremo sul do Brasil)



Distância percorrida: 573 km.
Consumo: 17.7

Acordamos um pouco mais tarde. Na noite anterior fomos dormir perto da uma hora e sabíamos que no dia de hoje teríamos pouco mais de 500 km para percorrer. Isso nos deu tranquilidade suficiente para sair do hotel depois do café da manhã, com tempo para caminhar um pouco por Colônia (em português Colônia do Sacramento), cidade que tem mais de 300 anos de fundação, à beira do famoso rio da prata, rota de entrada de colonizadores espanhóis e portugueses nessa região da América do sul. Era um dos meus objetivos nessa viagem, conhecer um pouquinho essa cidade.
Rio da Prata, famosa rota de entrada de colonização e exploração espanhola e portuguesa na América
Nos impressionou a limpeza. A cidade é muito bonita, todo o entorno do centro histórico é bem arrumado, caprichado, ruas todas arborizadas com plátanos, fica muito bonito e agrada aos turistas pois podem caminhar praticamente o tempo todo em sombra. Obviamente o turismo movimenta a economia, a deixando um pouco cara.
Muito agradável caminhar por essas ruas!





 No centro histórico de Colônia há muitos locais legais para fotos. Tem muitos carros antigos espalhados pela cidade, uns somente para exposição, e outros rodando normalmente. Na verdade vimos muitos carros antigos em todo o Uruguai. Para quem gosta de carros antigos, fica bem interessante.


O fusca é bastante popular no Uruguai, vimos vários rodando. O presidente Mujica tem um inclusive.



Saímos de Colônia em direção a capital, Montevideo, cruzamos o seu grande centro em bastante movimento de carros e ônibus, não vimos nesse trajeto nenhum atrativo específico que chamasse a atenção, somente o mesmo de cidade grande, trânsito intenso e muita gente nas ruas. Imprescindível, diria até que indispensável numa viagem dessas a utilização de um bom GPS. Em muitas ocasiões, sem ele ficaria difícil achar o caminho certo.
Mais adiante fizemos uma passagem por Punta Del Este, cidade muito famosa por seu belo litoral e realmente o constatamos. Muito bonito. Muitos turistas, grande movimento pela cidade toda, paramos somente para umas fotos, certamente também é uma cidade cara. Visualmente o padrão de vida é bem elevado, diminuindo conforme se afasta das áreas centrais.





A paisagem que vimos nas áreas de interior do Uruguai se diferem bastante das regiões em que passamos na Argentina. As propriedades são menores e mais povoadas. Vimos produtividade de grãos e muito gado, principalmente leiteiro.
Achamos que no Uruguai o povo é mais caprichoso, mais parecido em geral com o brasileiro. Casas com jardins, propriedades rurais bem cuidadas. Em algumas vezes parecia que estávamos passando por regiões conhecidas do Vale e Alto Vale do Itajaí, com a diferença de estarmos andando por estradas duplicadas de pouquíssimo movimento. Paga-se pedágio também em torno de 12 reais.
Onde passamos na Argentina, principalmente na sua região norte, visualizamos um povo mais pobre e sem muito capricho, com exceção das áreas centrais de cidades maiores, as quais em praticamente todo o lugar apresentam as mesmas características, tendendo a serem bem parecidas e ostentar um padrão de vida mais elevado. Em Gualeguaychu por exemplo, bem no leste central, não tivemos uma boa impressão e optamos por não pernoitar na cidade prevista para pararmos! Em viagem essas coisas acontecem, embora nessa que fizemos, praticamente ocorreu tudo conforme planejado. Irei postar os relatos do dia 9, o último da viagem assim que possível! Um abraço!

sábado, 11 de janeiro de 2014

7º dia: Mendoza AR - Colonia Del Sacramento UR

(Faço essa postagem já em Pouso Redondo, SC, na casa dos meus pais. Percorremos ontem todo o RS, de Chuí (extremo sul) passando pela região central e serras. Voltamos a realidade brasileira! Comentamos um pouco sobre essa passagem na postagem seguinte!)

Distância percorrida: a maior de toda a viagem. 1400 km em pouco mais de 14 horas.

Km/l: 17.5


Dormimos em Mendoza, cidade grande e movimentada. Muito bonita, arborizada com plátanos, e limpa. Ostenta um padrão de nível de vida elevado, ao menos na grande área central, como é comum em grandes cidades no mundo todo.
Diferentemente de nossa rápida passagem por Salta, tivemos sensação de mais segurança no trânsito, sinalização bem melhor e se trafega sem problemas.  Entramos em horário de pico, mas ocorreu tudo bem.
Acordamos às 4 horas e às 5:15 já estávamos no trecho.
Nesse dia cruzamos a Argentina em sua parte Oeste para Leste, pelo centro. Você anda nesse trecho observando imensa áreas de cultivo de grãos. É o coração produtivo da Argentina. 

Em relação a isso deve-se considerar que no norte temos a grande região do Chaco e mais para o sul a grande Patagônia. São essas duas distantes uma da outra, mas parecidas quanto a reduzida população e atividades econômicas. É uma intenção minha de também conhecer a Patagônia e chegar até a cidade mais austral do mundo, Ushuaia. Vamos ver se conseguimos fazer isso daqui uns anos!
Nosso plano inicialmente  era chegar até a cidade de fronteira com o Uruguai, Gualeguaychu. Havia inicialmente pensado em pernoitarmos ali, mas mudamos de ideia pois ainda estava claro e não tivemos uma impressão muito boa do local. Atravessamos. Fizemos burocracia de aduana. Estávamos no Uruguai. As estradas nos ajudaram dando condições de manter uma boa velocidade, logicamente dentro do permitido e nas condições de segurança.
A primeira cidade do Uruguai, entrando por essa passagem via ponte, é Fray Bentos. De lá em 180 km pode-se estar em Colônia Del Sacramento. Cidade que eu tinha intenções de conhecer. Já eram 8 horas da noite, tínhamos um pouco de luz do sol. Resolvemos tocar até colônia, embora não seja aconselhável andar de noite em áreas desconhecidas. Isso quase nos custou um baita prejuízo e um grande arrependimento!
De entrada, o Uruguai nos deixou uma boa impressão, o que se manteve até o deixarmos. Mais organizado, povoados pequenos com população mais caprichosa. Áreas de campos mais povoadas, provavelmente em função de as propriedades serem menores. Percebemos pouca população nas grandes áreas de cultivo argentinas, quase não víamos casas às margens das estradas. Pode ser que elas estivessem em outras áreas.

Em termos de estradas, o Uruguai se parece com o Brasil, perde em relação às argentinas e chilenas, mas igualmente, são pouco movimentadas, permitindo um deslocamento bom. Paga-se bastante pedágio nesses 3 países. Gasta-se menos na Argentina, tanto em pedágio, como em combustível e hotel.

Fomos observando propriedades bem cuidadas, estabelecidas em um relevo ondulado, que permite a utilização praticamente total em atividades produtivas, nos lembrou o norte riograndense.
Anoiteceu. O GPS marcava ainda 140 km para chegarmos até Colônia. Já tínhamos rodado até a ocasião mais de 1200 km. Estávamos cansados. Me mantive mais atento à estrada e forcei um pouco mais os olhos, que ardendo já estavam dando sinal de cansaço. Reduzimos a velocidade.
Numa descida, como um raio, um cão atravessa a pista e por pouco não o atropelamos. Era de tamanho médio e se o carro pegasse, certamente ia causar um estrago e seria sorte se não ofendesse o radiador!
Atenção redobrada. Os olhos já ardiam.
Chegamos em Colônia depois de umas 14 horas na estrada. Paramos apenas para fazer uma refeição e para abastecer. No mais era tomar água, prestar atenção na estrada e nas paisagens.
Em Colônia só encontramos um quarto no 5 hotel procurado. Muitos turistas. Já era meia noite quando estávamos prontos para o descanso. Fizemos uma janta no quarto do hotel, banho e cama. Desmaiei. Despertei no dia seguinte às 7 horas quando o celular despertou.
Preparando o almoço numa boa sombra às margens de uma rodovia na Argentina