quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Em La Casa de Papel...

Onde nos encontraríamos?...

     Ou quando será o momento em nossas vidas, em que não teremos mais nada para perder?

     Quantos de nós hoje, dos bilhões que vivemos, já desceram tanto, a ponto de não fazer muita diferença, estar livre, estar preso, vivo ou morto?...

     São muitos! E a pergunta não é se em algum momento nos encontraremos nessa encruzilhada, mas quando chegaremos lá!

     Berlim tem uma vida no mundo do crime, cinco divórcios e uma doença rara terminal. Irmão do professor, pra ele a chegada está mais clara, e nada muito importa pra você quando se sabe que estará morto em quatro meses. Salvo atuar por uma causa em que acredite de fato, como a fidelidade ao irmão e a proteção das outras vidas, quando a sua própria, por si mesma, está condenada!

     Penso que no momento em que chegarmos ao nosso ponto de ruptura com o que importa e o que não importa mais, irá pesar o que deixaremos! Porque depois que formos, ficarão nossas pegadas, ao menos por algum tempo...

     São tantas possibilidades a se pensar que uma série dessas poderia ter um público de abrangência muito superior, desde que orientado, caso explorassem mais o drama e o suspense. Cenas que norteiam a pornografia poderiam pelo menos serem minimizadas; ao meu ver elevaria sobremaneira a qualidade do trabalho!

     Tóquio passará o resto dos seus dias carregando a morte da mãe, do namorado e de Moscou.  Fica presa nas armadilhas do agir explosivo, vítima de seu próprio sangue quente...

     Olhe ao seu passado e encontrará erros. Todos temos. Existirão momentos marcantes de dor, frustração, decepção, alguns por culpa nossa, outros não. Mas eles apesar de estarem no passado, são carregados conosco e nem sempre é muito fácil colocarmos numa caixa e fechar a gaveta. Só podemos ressignificar como nos recomenda Augusto Cury, nossas janelas killer. Como se fosse assim tão simples!

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