segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

4º dia: Jujuy - San Pedro de Atacama - Antofagasta



Distância percorrida: 835 km. Tempo: 14 horas
Consumo: 18 km/l - recorde até agora! Obs: não temos usado ar por não vermos necessidade ainda! Gostamos de viajar com os vidros um pouco abertos e sentir um pouco de vento! Usamos uma meia hora no centro de Antofagasta, pois estava abafado e penamos um pouco para encontrar um hotel.


Era escuro quando saímos de Jujuy às 5:30 da manhã em direção a Purmamarca e Susques. Esta última é uma pequena vila, bastante pobre, no alto da cordilheira, onde se tem, à uns 4 km depois do povoado, um posto de combustível e um hotel. Recomenda-se não deixar de abastecer nesse local antes de seguir viagem. Em Purmamarca percebemos uma grande variedade de hostels e alguns hotéis às margens da estrada. Não é muito longe de Jujuy. Daria para tocar e dormir por lá, mas temo ser mais dificultoso achar vaga nessa época!


Tempo depois, quando o dia foi clareando pudemos ver as montanhas que antes ainda do esperado, começaríamos a subir. E subimos, e subimos, chegamos a 4833 metros de altitude, a mais alta que registramos. Não tardou muito para começarmos a sentir o soroche, como é conhecido o “mal de altitude”. Pequena tontura, um pouco de dor de cabeça e cansaço. Um pouco de sono também é comum. Recomendado não subir com estômago cheio.


Em Susques, pedimos um chá de coca, tem um gosto bom, acompanhado de dois pães foi o nosso café da manhã. Abastecemos o tanque até a boca e tocamos.


Gelo nas montanhas da cordilheira vimos muito pouco, os primeiros sinais de gelo apareceram somente aos 3900 metros de altitude.
Este, sem dúvida, é um digno descendente indígena andino!

Vulcão Lincabur
Nossos planos hoje eram de ficar em São Pedro, mas a quantidade de turistas era tão grande que não havia mais local para ficar, hostels e hotéis lotados. Eram 3 horas quando estávamos na cidade, calor forte, gente por todo lado, ruas estreitas. As casas grudadas umas às outras, baixinhas, muito simples. Mas não poderíamos esperar muito mais de uma cidade que fica no meio de um deserto, e, justamente essa característica de rusticidade que atrai os turistas, além dos passeios realizados é claro, que não pudemos fazer. Fica para uma próxima para conhecer os gêiseres Del Tatio. Mas já valeu, e como!

 Não queríamos perder mais tempo e resolvi fazer algumas imagens e pé na estrada rumo a Antofagasta, nossa trajetória final de ida e início da volta! Conseguimos chegar no finalzinho da tarde, em tempo de registrar uma foto no pacífico e apreciar o pôr do sol desse lado do continente!

Objetivo alcançado, colocar os pés no Oceano Pacífico!


 Para isso ser possível nos ajudaram as excelentes estradas chilenas, onde mantivemos 120 ou mais em boa parte do trecho. Velocidade comum na região e podem acreditar, atingida facilmente por carretas! Grandes carretas, daquelas americanas!
Depois de um dia de muito chão, hoje adotamos um hotel melhor para pernoite e dormimos de frente para o pacífico! Hotel Marina.
Hotel Marina, ficamos no 8º andar, preço: 53 mil pesos, em torno de 260 reais. OBS: os cafés da manhã - desayuno - até agora, tanto na Argentina, quanto no Chile, nos hotéis que ficamos, são muito, muito inferiores aos comuns no Brasil!
 

Sobre o dia de hoje, teria muito o que escrever. Temos várias outras fotos. O que visualizei hoje era a um bom tempo imaginado e quando você vê, bem na tua frente e em toda a sua volta, aquela imensidão, não há como não se emocionar. Sempre li e ouvi pessoas comentarem que é uma passagem magnífica, percorrer o Atacama. Então quando você se vê ali, dentro dele, rodeado por ele, confundindo de longe o sal com água, tentando adivinhar onde está a estrada lá, lá na frente! Quando você pode olhar e encarar por segundos a curiosidade de uma lhama, quando pode trocar umas palavras com quem conserva os traços e também vários costumes dos nossos antigos indígenas, moradores dos Andes, é uma sensação que só quem está ali, na hora, pode descrever. As paisagens, por melhores que sejam as lentes e os fotógrafos, jamais podem traduzir, mostrar o que o olho humano captura!
 Impressões de Antofagasta, tentarei colocar depois!

obs: cotação peso argentino: 1 real para 3.40 pesos.
cotação peso chileno: 1 real para 200 pesos.
Preço médio gasolina na Argentina: 2,80 - vamos ver na volta.
Preço gasolina no Chile: 4,14, é isso mesmo! Em reais.

Achamos as cidades chilenas com melhor sinalização do que as argentinas.

Um abraço à todos que estão acompanhando. Tentaremos manter atualizações!
Hasta mañana!

4 comentários:

Bruno Ademar Prochnow disse...

Evandro, parabéns pelo belo texto e esplêndidas fotos. Fico diariamente esperando pelo seu post. Gde Abraço.. Bruno

Anônimo disse...

Parabéns, meu caro Evandro! Suas aventuras estão incríveis! Aproveita mesmo! Nada como visitar os lugares que ensinamos e aprendemos através dos livros. Os textos e as fotos estão ótimos!

PROFESSOR DIEGO FABIANO MARCON disse...

Grande viagem em amigo...vamos nos reunir para desfrutar das fotos e das histórias...pelo menos assim eu e Celso, aproveitamos um pouco...uma pena não ter podido ir..mas como diz um grande amigo "não vai faltar oportunidade"... grande abraço.

Evandro Cristofolini disse...

Bruno, anônimo e Diego,obrigado! Esse era o objetivo, de vivenciar um pouco e registrar as impressões, o mais rápido possível, para que elas não fossem se perdendo com o passar dos dias! São simples observações de quem passou rapidamente, mas pelo menos para nós, foi de um aprendizado considerável. Para o meu exercício como professor, considero isso como fundamental, quero poder viajar mais, dentro das possibilidades, e tenham certeza, deveria ter começado a fazer isso uns 10 anos antes!