2º dia: São Borja RS - Presidencia Roque Saenz Peña AR

Distância percorrida: 617 km. Tempo de viagem: 8 horas.

Consumo: 17.4 km/l. Não usamos ar também, pois estava fresco na região mais quente da Argentina.

Não dormi bem essa noite. Não tinha jeito de pegar no sono. Um pouco de preocupação em como seria entrar e percorrer outro país pela primeira vez. Se ocorreria tudo bem, se teríamos algum problema, alternava com tudo o que se passou no dia anterior, depois pensava como estavam em casa e assim passou a noite. Descansei, mas não tive sono profundo, escutava tudo. O pai dormiu bem!

Saímos de São Borja já era 8:30. Cruzamos a ponte da integração/internacional e chegamos à Aduana. Batendo água. Demoramos uns 45 minutos para preencher papéis e cambiar moeda, depois fomos Argentina adentro, pela província de Corrientes, norte. Pouco tempo depois, algo nos iria preocupar bastante.

A partir de Santo Tomé, na região de Corrientes, essa é a paisagem que se tem em longo trecho. Pode-se definir como "nada". Campos de planície imensos. Um gado aqui, outro ali. Ter problema mecânico ou qualquer outro aqui é "bicho feio"

Região muito isolada, é a mais pobre da Argentina. Vez por outra uma casinha como essa, no meio do "nada".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

De São Borja partimos com meio tanque de combustível e só fomos achar nafta na Argentina depois da 3ª parada em postos, anteriormente só placas, NO HAY NAFTA. Já estávamos preocupados pois a gasolina nos iria servir  mais uns 100 km. Sabia que isso ocorria em algumas regiões da Argentina, só não esperava já entrar tendo essa dificuldade!

Depois de abastecer o carro (R$2,80 o litro) quem nos preocupou foi o GPS que simplesmente se negou a funcionar. Precavido, adquiri antes da viagem um celular Nokia com GPS e mapas gratuitos de praticamente todos os países.Então esse foi colocado em atividade e depois de uns 5 km o garmin voltou. Acho que era falta de sinal de satélite. Estamos usando no garmin os mapas do proyeto mapear. Muito bons.

Fomos tocando para aproveitar o trecho, paramos somente às 11 horas para comprar um lanche, que foi nosso almoço. Estrada de novo até Saenz Peña, passando pela famosa região do Chaco, palavra derivada do quéchua - chaku, traduzida para “território de caça”. Longas, longas retas, às margens campos alagados que imagino devam se parecer bastante como o pantanal. Pequenos arbustos, garças, pequenos povoados, bastante pobreza foi visível.

Chegamos em Saenz Peña antes das 5, no nosso horário, pois aqui não há horário de verão e estamos uma hora adiantados!

Presidencia Roque Saenz Peña. Cidade de porte médio. Província do Chaco, norte argentino. Totalmente plana. Tem cem anos de colonização.

  

Alguns exemplares das antigas rodando em Saenz Peña

Um registro da presença no memorial San Martín, considerado um herói pelos argentinos na época colonial

É isso mesmo, tem uma carroça no meio da rua!

Pequei na última, repare na criança à esquerda, na moto. Vimos muito disso em meia hora tomando uma cerveja. Capacete não se usa por aqui!

Para finalizar a tarde, nada melhor do que uma Quilmes, muito boa!

Impressões:

Pudemos observar no tempo em que percorremos um pouco a área central, uma população cordial, quando pedimos informação. Bastante mestiça. Percebi várias pessoas com traços indígenas.

Trânsito um pouco diferente do nosso. Semáforo não existe em várias esquinas movimentadas. Quase presenciamos 3 acidentes. Motociclistas andam sem capacete e pior, levam crianças na parte da frente das motos! Por outro lado os carros andam em baixa velocidade.

Conclusão do dia:

Muito bom, apesar de a chuva ter predominado quase o tempo todo! Estamos agora no hotel. Nota 8. Diária 73 reais! Com estacionamento e café da manhã! Melhor que o de São Borja e por menos da metade do preço.